Inocência (Gonçalves Dias)

(..)..Por inocente tens medo
De tão cedo,
De tão cedo ter amor;
Mas sabe que a formosura
Pouco dura,
Pouco dura, como a flor.(...)

Não sei o titulo

Como nos enganamos fugindo ao amor! Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar sua espada coruscante, seu formidável poder de penetrar o sangue e nele imprimir uma orquídea de fogo e lágrimas.

-- Carlos Drummond de Andrade

Bela.

Pena não posso dividir o indivisível

Texto de Priscila Marostica

E quando você percebe, o pior já passou, você leva como o aprendizado que não quer pagar pra "aprender de novo". Você percebe que os momentos passam muito rápido, e que existem pessoas que são muito importantes pra você, e que mesmo assim elas foram embora até então. Você aprende a aceitar a ausência, e que é verdadeiro também parte. Você aprende que você pode amar de novo, mesmo depois de algumas cicatrizes. Aprende que fazer as coisas com amor, é a coisa mais rara. E que se você reparar nos detalhes, são eles que te movem. Aprende que deve se dar mais valor pra quem você ama, sem limite e censura. Aprende que você ainda é muito pequeno pra entender muitas coisas, mas que você não pode e nem deve esquecer do que aprendeu até agora. Eu digo em minhas palavras que a vida é uma roda gigante, ninguém passa batido, ninguém passa sem ensinar e ninguém vai sem deixar saudade, e mesmo ela te dando tanta lição dolorosa, não tem como negar...A vida é a forma mais pura e gostosa de sonhar.

- Priscila Marostica

Duo de Tecido

A: Você confia em mim ?
B: Sim, mas você é meio maluco.
A: Eu sei, mas se solta, eu vou te segurar, Prometo!
B:Você não me aguenta!
B:Confio em Você
Vult (Som do vento quando um pessoa se solta!)
A: Eu cumpro minhas promessas!
B: AHAHA Ta bonito ?
A: Ta Linda! ahaahha
B: A gente conseguiu!

A: Eu só te Segurei.
A: Você nem pesa, nada!
B: Até que você é bem forte!
A: Só o bastante para não te deixar !

É ela! É ela! É ela! É ela!

É ela! É ela! - murmurei tremendo,
E o eco ao longe murmurou - é ela!
Eu a vi... minha fada aérea e pura -
A minha lavadeira na janela!
Dessas águas-furtadas onde eu moro
Eu a vejo estendendo no telhado
Os vestidos de chita, as saias brancas;
Eu a vejo e suspiro enamorado!
Esta noite eu ousei mais atrevido
Nas telhas que estalavam nos meus passos
Ir espiar seu venturoso sono,
Vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
Como dormia! Que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado!
Afastei a janela, entrei medroso...
Palpitava-lhe o seio adormecido...
Fui beijá-la... roubei do seio dela
Um bilhete que estava ali metido...
Oh! de certo... (pensei) é doce página
Onde a alma derramou gentis amores;
São versos dela... que amanhã de certo
Ela me enviará cheios de flores...
Tremi de febre!
Venturosa folha!
Quem pousasse contigo neste seio!
Como Otelo beijando a sua esposa,
Eu beijei-a a tremer de devaneio...
É ela! É ela! - repeti tremendo;
Mas cantou nesse instante uma coruja...
Abri cioso a página secreta...
Oh! Meu Deus! Era um rol de roupa suja!
Mas se Werther morreu por ver Carlota
Dando pão com manteiga às criancinhas
Se achou-a assim mais bela - eu mais te adoro
Sonhando-te a lavar as camizinhas!
É ela! É ela! meu amor, minh'alma,
A Laura, a Beatriz que o céu revela...
É ela! É ela! - murmurei tremendo,
E o eco ao longe suspirou - é ela!É ela! É ela! É ela! É ela!

Talvez não compense

As pessoas que te atraiam em outras épocas, hoje não passam de falta de opção.Na verdade você não deseja se atrair por mais ninguém tem medo, da medo o futuro e você odeia não estar no controle, na verdade difícil mesmo é perceber que você nunca esteve no controle, foi sempre guiado por cordas totalmente visíveis, como um fantoche bobo se deixou levar e foi  deixado de lado, cuidado, as pessoas não amam o sim, elas amam sempre,se houver amor só no sim...talvez não compense.

Mario de Andrade

Quando eu morrer quero ficar
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.


Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.


No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.


Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.


O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...


Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...


As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.

Mário de Andrade

Cena 4--- A bailarina !

Em sua fuga, Lucas encontra novamente seu amigo imaginário, Pedro, e o questiona sobre seu ultimo conselho.

Lucas- Não perdê- la ? Ela já é do mundo.
Pedro- Você também já foi.
Lucas- Não vou atrapalhar os sonhos dela.
Pedro- Quem opta pelo amor, deve aprender a conviver com a saudade e a perda, Velho Amigo.
Lucas- Não posso perdê -la, eu a procurei pelo mundo inteiro, não posso ter chegado tão tarde!
Pedro- Pode sim. A vida não dá o que a gente quer, a vida. essa vadia cruel, dá o que nós precisamos.
Lucas- E eu preciso dela.
Pedro- Eu sei , e a vida lhe deu ela.
Lucas- Mas não será minha! (Com raiva, e paixão tão misturados, que até hoje não sei o que ele sentia )
Pedro  Ela sempre estará em você, já é parte intrínseca do seu ser!
Lucas- Existe outro?
Pedro- Você a ama? Então deixe a viver , conhecer o mundo como você conheceu, se você realmente precisar dela, a vida a trará de volta!
Lucas - Eu te ODEIO Pedro!
Pedro - Não se odeie , Lucas.
Lucas- CALADO!
E Pedro some novamente!